quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O pai da Genética molecular em Portugal

Inicialmente, o ensino da Genética molecular em Portugal era realizado por meio de aulas teóricas[1], até que a partir de 1968, um jesuíta dá um novo impulso ao ensino da Genética em Portugal [1 e 2]. Trata-se do cientista Luís Archer que foi biólogo e padre Jesuíta.
   

Antes de ser padre, Luís Archer havia se formado em Biologia. Depois da sua ordenação, ele pensou em se dedicar apenas ao sacerdócio, porém, foi estimulado pelos seus superiores a prosseguir seus estudos. Padre Archer fez doutorado em Genética Molecular em Washington e também doutorado em Biologia em Portugal. [2] Em outubro de 2015, pesquisadores realizaram uma conferência para analisar a obra desse padre-cientista que desenvolveu obras nos mais variados assuntos, tais como história e filosofia das ciências, ciência e religião e bioética [3].

O Padre Luís Archer S.J (1926 – 2011) foi uma eminente figura da ciência e cultura portuguesa na segunda metade do século XX. Reconhecido principalmente pela introdução do ensino e da investigação em genética molecular no nosso país, destacou-se também pelo impulso que deu aos estudos de bioética em Portugal. Para além de uma vasta obra científica em publicações especializadas, a sua atividade desdobrou-se ainda num amplo leque de iniciativas, tendo o seu nome ficado associado sobretudo a fundação e direção do laboratório de genética molecular do Instituto Gulbenkian de Ciência, à série científica Brotéria, que dirigiu durante quarenta anos, à Sociedade Portuguesa de Genética, a várias outras sociedades e academias científicas que integrou, e, ainda, as importantes comissões nacionais e europeias de bioética em que participou activamente. (Fundação Calouste Gulbenkian).