sábado, 30 de setembro de 2017

Boécio: O último dos Romanos!

No ano 476 DC, Roma foi invadida e o imperador foi deposto, era o fim do Império Romano do Ocidente! Em meio a grande turbulência, muitos textos do Mundo Antigo poderiam ser perdidos para sempre. Felizmente, alguns anos mais tarde, um dedicado escritor trabalhou na tradução de antigos textos gregos e deixou uma obra que seria utilizada durante toda a Idade Média. Esse escritor é o teólogo Boécio, que também é considerado um dos pais da Igreja.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bo%C3%A9cio#/media/File:Boethius.jpeg

Boécio viveu de 480 a 524 (?) ou 525 DC, seu nome completo era Anício Mânlio Torquato Severino Boécio, (em latim: Anicius Manlius Torquatus Severinus Boethius) [1]. Ele foi teólogo, estadista, filósofo e poeta romano. Boécio trabalhou na tradução de diversas obras gregas para o latim, especialmente obras de Aristóteles. Essas obras tiveram grande importância nos séculos seguintes, pois serviram como fontes de estudo nas escolas e universidades medievais. [2]

Anício Mânlio Severino Boécio (470-525), o último representante da Filosofia Ocidental antes do fim da Patrística, é quase a única fonte do aristotelismo da Idade Média antes do século XIII, sendo notável também por ter feito a transmissão dos pensamentos de Platão e dos estoicos. Sua importância maior no campo da Filosofia se deu quando das traduções das obras lógicas aristotélicas, o que lhe permitiu passar para a posteridade. Porém, Boécio também compôs algumas obras de cunho lógico, muito utilizadas durante o período da Escolástica. (MORAIS E SOUZA, 2010) 

Boécio estudou e fez traduções de textos sobre lógica (sobretudo sobre o silogismo). Também escreveu sobre Música e Aritmética [3] Naquela época, muitos pensadores cristãos demonstraram grande dedicação ao estudo dos textos antigos, esse fato foi importante para que o legado cultural do mundo antigo fosse transmitido as futuras gerações. [2]
   
Entretanto, não obstante a influência cristã sobre a Filosofia, os pensadores medievais buscaram beber das fontes gregas. Assim, é possível ver um Agostinho de Hipona se debruçando sobre os escritos platônicos e um Tomás de Aquino investigando os pensamentos de Aristóteles. Dessa forma, os escritos dos filósofos gregos ganharam destaque no Ocidente. Mas foi em torno de Aristóteles que a maior parte dos estudos e das disputas medievais se concentrou. (MORAIS E SOUZA, 2010) 

A obra mais conhecida de Boécio, foi escrita na prisão, é a obra “A Consolação da Filosofia” (De consolatione philosophiae).  Conforme a Biblioteca Digital Mundial, essa obra é “considerada como uma das obras mais importantes e influentes do mundo ocidental [...] Escrita na forma de um diálogo entre Boécio e a Senhora Filosofia, a obra passou por várias ilustrações na Idade Média”. [4]

Na época de Boécio, a Itália era governada pelo rei godo Teodorico. Boécio defendeu publicamente o senador Albino que era acusado de conspirar contra o rei. Devido a isso, Boécio foi acusado de traidor [5]. Além disso, foi acusado de praticar magia, o que ele negou veemente. Devido a essas acusações, infelizmente Boécio foi condenado a morte na cidade de Pávia em 524 ou 525. [6]

Em muitas de suas obras, Boécio defendeu a doutrina Católica. A Igreja considerou que sua condenação foi injusta e considera esse filósofo um Mártir Cristão. O papa Bento 16, falou sobre Boécio na Audiência Geral do dia 12de março de 2008 [7]:

Particularmente absurda é, além disso, a condição de quem, ainda como Boécio que a cidade de Pavia reconhece e celebra na liturgia como mártir da fé, é torturado mortalmente, sem qualquer motivo que não seja o das suas próprias convicções ideais, políticas e religiosas. Boécio, símbolo de um número imenso de aprisionados injustamente de todos os tempos e de todas as latitudes, é com efeito a objectiva porta de entrada para a contemplação do misterioso Crucificado no Gólgota. (Bento XVI, 2008)

Boécio afirmava que devemos buscar a felicidade na busca pelo conhecimento de Deus, pois Ele é a “sabedoria absoluta”. [8]

No calendário da Igreja Católica, o dia 23 de outubro é dedicado em honra a Boécio. [9]


sábado, 23 de setembro de 2017

Honrando os Pioneiros das Ciências – Medalha Mendel

Desde 1929, grandes nomes da ciência são homenageados pela Universidade de Villanova que fica na Pensilvânia (Estados Unidos).  

A Medalha Mendel é uma homenagem a Gregor Johann Mendel, abade de um mosteiro agostiniano, que descobriu as célebres leis da hereditariedade. Essa medalha foi criada em 1928 e foi entregue pela primeira vez em 1929. Já foram homenageados destacados pesquisadores, médicos, pioneiros em física, astrofísica e química, entre outros.


A medalha

A medalha foi projetada e esculpida por John R. Sinnock e representa Gregor Johann Mendel vestido com o hábito agostiniano e examinando uma ervilha. Ao lado aparece um microscópio, como parecia no tempo de Mendel.

http://www1.villanova.edu/villanova/president/university_events/mendelmedal/design.html

O verso da Medalha retrata uma adaptação do selo da Universidade Villanova cercado por uma grinalda de ervilhas com a inscrição: “Para o Distinto Serviço no Avanço da Ciência”.

http://www1.villanova.edu/villanova/president/university_events/mendelmedal/design.html

Referências

VILLANOVA UNIVERSITY. Design of the Medal. Disponível em: <http://www1.villanova.edu/villanova/president/university_events/mendelmedal/design.html>. Acesso em 23 set. 2017.

VILLANOVA UNIVERSITY. Mendel Medal. Disponível em: <http://www1.villanova.edu/villanova/president/university_events/mendelmedal.html>. Acesso em 23 set. 2017.

O fundador da Genética

A Genética é um ramo da Biologia que possui grande importância para a humanidade. Graças ao estudo da Genética, ocorreram avanços na medicina, pecuária, agricultura e outras áreas do conhecimento. Conheça um pouco da história do fundador da Genética, o padre agostiniano que foi um dos maiores cientistas da história: Gregor Johann Mendel.

http://www1.villanova.edu/villanova/president/university_events/mendelmedal.html

O texto a seguir é uma tradução parcial do original em inglês disponibilizado no endereço eletrônico da Universidade de Villanova (Estados Unidos), segue o link: