Inicialmente, o ensino da Genética molecular em Portugal era
realizado por meio de aulas teóricas[1], até que a partir de 1968, um
jesuíta dá um novo impulso ao ensino da Genética em Portugal [1 e 2].
Trata-se do cientista Luís Archer que foi biólogo e padre Jesuíta.
Antes de ser padre, Luís Archer havia se formado em Biologia.
Depois da sua ordenação, ele pensou em se dedicar apenas ao sacerdócio, porém,
foi estimulado pelos seus superiores a prosseguir seus estudos. Padre Archer
fez doutorado em Genética Molecular em Washington e também doutorado em
Biologia em Portugal. [2] Em outubro de 2015, pesquisadores
realizaram uma conferência para analisar a obra desse padre-cientista que
desenvolveu obras nos mais variados assuntos, tais como história e filosofia
das ciências, ciência e religião e bioética [3].
O Padre
Luís Archer S.J (1926 – 2011) foi uma eminente figura da ciência e cultura
portuguesa na segunda metade do século XX. Reconhecido principalmente pela
introdução do ensino e da investigação em genética molecular no nosso país,
destacou-se também pelo impulso que deu aos estudos de bioética em Portugal.
Para além de uma vasta obra científica em publicações especializadas, a sua
atividade desdobrou-se ainda num amplo leque de iniciativas, tendo o seu nome
ficado associado sobretudo a fundação e direção do laboratório de genética
molecular do Instituto Gulbenkian de Ciência, à série científica Brotéria, que dirigiu durante quarenta
anos, à Sociedade Portuguesa de Genética, a várias outras sociedades e
academias científicas que integrou, e, ainda, as importantes comissões
nacionais e europeias de
bioética em que participou activamente. (Fundação Calouste Gulbenkian).